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Foi hoje a última noite dos concertos PROM, que mantêm, ainda, o propósito de Sir Henry Wood: audiências alargadas e público heterogéneo, dar a conhecer alargado número de compositores. A tradição inicial contemplava uma noite de Wagner e uma outra de Beethoven. A I Grande Guerra não impediu a continuidade destes concertos, embora o público passasse a rejeitar os compositores alemães, substituindo-os por noites vienenses.
Os PROMS resistiram às duas Grandes Guerras, embora na Segunda perdessem o apoio da BBC e os bombardeamentos encurtassem o número de concertos em Queen's Hall, vindo o Royal Albert Hall a tornar-se o novo espaço.
Com o tempo, o programa vai atendendo algumas alterações, como a introdução do canto lírico em 1961. E, nos últimos anos, se alarga a um público no exterior, Hyde Park, Glasgow, Swansea, e este ano Tees Valley, em Middlesbrough

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A chamada Last Night não é, como se usa pensar, o último concerto, mas apenas a segunda parte deste, onde Land of Hope and Glory, Pomp and Circumstance, de Elgar; a Fantasia of British Sea Songs, incluindo a tradicional Rule, Britannia (que dizem a Rainha Vitória cantava no banho) e Jerusalém, terminando com o respectivo Hino Nacional Britânico, são um ritual religiosamente cumprido, onde os entusiastas Prommers porporcionam momentos exuberantes de um patriotismo efusivo que nos embriaga.
Pelo que a Antena2 hoje me trouxe, esta foi mais uma noite deslumbrante, com Anna Netrebko e Andrew Kennedy onde, de bom grado, de muito bom grado aliás, se dispensariam as idiotices dos dois comentadores portugueses.

A ver, quando algum dos nossos canais televisivos se dignar presentear-nos.
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