14 maio, 2008

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18 abril, 2008

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todas as casas mortas encobrem raízes
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espectros verdes teimando
ser bosque
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ou jardim
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15 abril, 2008

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poetry
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on the underground
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underground
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poetry

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26 fevereiro, 2008

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penhorar os passos
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destilar
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para que se reúnam essências
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21 fevereiro, 2008

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sim, porque sim
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apenas porque me apetece cor
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09 fevereiro, 2008

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(a)prender o momento
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apre(e)nder o tempo

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30 janeiro, 2008

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Trago dentro do meu coração, Como num cofre que se não pode fechar de cheio, Todos os lugares onde estive, Todos os portos a que cheguei, Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias, Ou de tombadilhos, sonhando, E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero. [...] Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei... Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos... Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti, Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir. E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz. A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me, Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge, Desta entrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso, Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas, Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada, Deste desassossego no fundo de todos os cálices, Desta angústia no fundo de todos os prazeres, Desta sociedade antecipada na asa de todas as chávenas, Deste jogo de cartas fastiento entre o Cabo da Boa Esperança e as Canárias. Não sei se a vida é pouco ou demais para mim. Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei. [...] Fui educado pela Imaginação,Viajei pela mão dela sempre, Amei, odiei, falei, pensei sempre por isso, E todos os dias têm essa janela por diante, E todas as horas parecem minhas dessa maneira.

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Álvaro de Campos, Passagem das Horas. 22.V.1916
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25 janeiro, 2008

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quando os sons
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se elevam e enlevam
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St Martin-in-the-Fields
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19 janeiro, 2008

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efemérides
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passou tanto tempo em pouco tempo...
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16 janeiro, 2008

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Como me cansa, por vezes, esta obsessão de

simetria

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a precisão de me ordenar

na horizontalidade e
v
e
r
t
i
c
a
l
i
d
a
d
e
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incendeia-me um anseio de desordem
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de chão revolto, e trilho incerto
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12 janeiro, 2008

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cansado de vida
o meu jardim veste-se de Inverno
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adormece selvagem
sonha-se bravio
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sono vigilante








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por entre bosques de musgo
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caprichosa
alguma cor insiste

persiste
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obstinada de vermelho sangue



ou plácidos deambulantes laranjas


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09 janeiro, 2008

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quanto do teu sal



são lágrimas


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05 janeiro, 2008

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Gosto da pedra. Robusta. Perene. Irreverente.
E a deixar-se talhar,
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por hábeis mãos. Sagazes mãos.
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23 dezembro, 2007

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Gosto de luz, cor, embrulhos, sacos, gente, vida.
Gosto das calçadas percorridas, das ruas fervilhando, das lojas apinhadas.
Gosto da mesa conversada, dos rostos em reencontro, de retomar o ritual de infância febril.
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Recuperado e cumprido em histórias, em aromas, em sabores, gosto que seja Natal uma vez no ano.
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20 dezembro, 2007

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O presépio de cabana e musgo deu lugar a um Menino Jesus solitário. O pinheiro já não cheira a campos verdes. As luzes são agora pequenos pontos luminosos quais estrelas distantes, não multicores. Os envólucros de presentes são mais sóbrios. Os laçarotes mais elaborados. Coisas dos tempos.
Há rostos para sempre ausentes que o meu coração lembra, narrativas que a minha saudade evoca, vozes que a minha alma escuta.
Plataformas de camionetas, estações de comboio ou asfalto percorrido, tantos anos, entre partidas e chegadas, rasgando a distância que me separa de mim.
Trezentos quilómetros de olhos rasos e coração apertado, a caminho do lugar onde me reconstruo. E me retomo. Um paradoxal bem-estar de nostalgia. Ao encontro de ausências presentes e presenças ausentes. Num estar algo insane, faço replay e replay de Chris Rea…

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I'm driving home for Christmas,
Chris Rea

the best Christmas song ever :)
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18 dezembro, 2007

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Porque é Natal

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15 dezembro, 2007

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na espiral do tempo

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o rumor
do
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instante
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