20 novembro, 2007

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Em que curva do caminho me torno poeira e cinza?
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5 comentários:

náufrago do tempo e lugar disse...

Círios, milhares de círios, brandões e tochas de carnaúba iluminavam as aras graníticas da encruzilhada, lá no alto, muito ao longe, bem no vértice do caminho, dissolvendo a noite escura na saliva fresca da poeira fina da madrugada.

Não havia cinzas. Somente a cera descendo. Quente descendo, descendo sempre, por entre os cactos e as roseiras bravas, numa sinfonia de luz e sombras.

À excepção dos murmúrios entrecortados do vulturno que fustigava os penhascos e as árvores, tudo era silêncio. Um silêncio gelatinoso e sem margens que descia, vazio e solitário, dos abismos da noite.


Com um abraço.

Anónimo disse...

na curva das cinzas.

às vezes douradas. outras de chumbo.


Tu és só OIRO.


__________________.




e os teus comentadores tb.




:)




_______________________.

beijo.



/piano.





P.S.


(o "tecto" é só para links).



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vieira calado disse...

Uma bela imagem a acompanhar uma grande interrogação.
bom resto de semana para si.

SMA disse...

Em todo o caminho... é essa a grandeza do caminho... deixando marcas de poeira e cinza...

bjo doce

Anónimo disse...

A vida não é mais que um caminho repleto de curvas e de rectas, com muitas subidas e descidas. Um caminho de sol e de sombras, de acalmia e agitação, de perfumadas brisas mas também de cerradas brumas.
Que seja ensolarado e longo e limpo de escolhos o teu caminho.