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Ascensor da casa Ramiro Leão, ao Chiado
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Ascensor da casa Ramiro Leão, ao Chiado.
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Subia, descia, levava, trazia.
Lembro-o, atulhado de sacos de compras e presentes de Natal. Espaço acanhado, onde a elegância se cumprimentava.
Antigo Ramiro Leão onde, a quilo, a litro ou a metro, se formatavam desejos.
Cremes, perfumes e pó-de-arroz, rendas e bordado inglês, outros tantos atractivos de ilusão.
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Que as mulheres têm a capacidade imensa de se fazerem felizes com os mais pequeninos nadas :)
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4 comentários:
A exempl de outros espaços "sagrados" que os tempos modernos passaram a "pagãos" ou nem isso, como o "Lourenço&Santos", o "Pestana&Brito", lojas que marcavam a diferença pelo requinte, pela beleza, pelo bem-estar. Essas características não se "compravam", era dadas a quem lá entrava.
Hoje são lojas iguais a tantas outras, com umas meninas mal preparadas para atender clientes, todas iguais.
Na verdade, os "velhos tempos" tinham mais categoria que os modernos.
De longe!
Tempos recuados, mas não na distinção das formas, do gesto, do verbo...
Gostei de ler e apreciar. Como sempre!
Abraço e bom fim-de-semana.
Boa tarde Rigoletto,
Estragaram o Ramiro Leão, a Gardénia, a Pompadour... então quando as grandes cadeias se instalam, é vidro e alumínio proliferando tipo cogumelos.
Há um espaço em particular que me deixou muito saudosa, a Pastelaria Colombo, frente à Versailles, que era lindissima e que o império do plástico, já há anos, completamente desfigurou.
Ao visual acrescenta-se a frieza dos espaços, o atendimento impessoal. Que saudades do comércio tradicional! Até das conversas que aí se entabulam.
Os meus pais ainda "gastam" :) de uma mercearia à antiga, onde as compras são levadas a casa em caixote, os clientes brindados no Natal e passagem de ano, e o senhor a guardar, mal chega, um ou artigo que sabe apreciado.
Obrigada pelas palavras.
império de sentidos. cheiros. Lisboa ainda cheira a si própria. apesar de tudo...
beijo teresamar
B.
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