11 setembro, 2007

[DESA]LINHAVOS
[DESA]FIOS
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Respondendo ao desafio de José Quintela Soares, deixado no blog Lisboantiga, aqui fica a lista “Top 10” dos meus livros favoritos.
De fora, vão ficar cinco dos citados por José Quintela Soares, e que fariam, inevitavelmente, parte desta minha lista,
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Livro do Desassossego - Bernardo Soares
Em Busca do Tempo Perdido - Marcel Proust
Memórias de Adriano - Marguerite Yourcenar
O Nome da Rosa - Umberto Eco
A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Záfon
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Tarefa árdua esta de escolher dez títulos. Bem mais difícil do que imaginei ao aceitar este desafio, e não mais fácil por aqueles cinco títulos e autores ficarem excluídos. Presumo que amanhã me ocorrerá um outro, e depois um outro ainda, e me penitenciarei por o(s) não ter lembrado.
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Observo-os alinhadinhos, e escuto já alguns protestos, uma cotovelada aqui outra acolá [hei-de pagá-las].
Com alguns, tenho uma relação de estreita cumplicidade.
Há os que me acenderam uma luz, outros que me mostraram um caminho, outros ainda que me fizeram recuar no tempo, os que me fizeram desejar ter vivido outra vida em um outro tempo, e os de mero deleite.
Há os que fizeram a minha infância, a adolescência, os despertares. Os conciliadores, os provocadores. Os que eu dominei e os que me dominaram/domaram.
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Todos eles me proporcionaram viagens.
Tantas. “Autour de Ma Chambre », Xavier de Maistre.
Viagens « ao abrigo do ciúme inquieto dos homens », cito-o.
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Cito-os,
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Geografia Sentimental - Aquilino Ribeiro
O Ano da Morte de Ricardo Reis - José Saramago
Dom Quixote - Miguel de Cervantes
Noites Brancas - Fiódor Dostoiévski
Siddhartha – Hermann Hesse
As Cidades Invisíveis – Ítalo Calvino
24 horas na Vida de Uma Mulher – Stefan Sweig
Orlando - Virgina Wolf
O Homem Sem Qualidades – Robert Musil
A Conspiração Contra a América – Philip Roth
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Vou “fazer batota” mas porque, entre os autores abaixo, não consigo escolher um título, acrescento à lista, ou antes, coloco no topo de todas as possíveis listas,
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qualquer Eça
qualquer Júlio Dinis
qualquer Vergílio Ferreira
qualquer Pearl Buck
qualquer Marguerite Duras, A escritora.
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E, Enid Blyton
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Ainda, os policiais, género que não considero nada menor, em cujas teias, desde sempre, me embriago. Aqui, cito Agatha Christie, Georges Simenon, Arthur Conan Doyle, Erle Stanley Gardner, Rex Stout, Anne Perry.
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Ok, José Quintela Soares, “assim não vale…”.
[Sorriso]
Não fui capaz de melhor.
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Passo o desafio a…
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Ahhh... a foto acima, sim, é intencional [outro sorriso], quero ver "com que linhas se (des)cosem".
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10 comentários:

Zénite disse...

Teresamaremar,

Além de não dispor de tempo e querer resolver já esta espinhosa tarefa :), tenho dificuldade em responder, mas vou tentar colocar alguns livros (a ordem não tem a ver com o gostar mais ou menos):

Vergílio Ferreira – “em nome da terra”

Vergílio Ferreira – “para sempre”

Vergílio Ferreira – “carta ao futuro”

Giovanni Boccaccio - Decameron -

Gao Xingjian – A Montanha da Alma

Miguel de Cervantes Saavedra – Don Quijote de la Mancha (em castelhano) :))

Mikhail BulgaKov – Margarita e o Mestre

David Mourão-Ferreira – Um Amor Feliz

Miguel Torga – Antologia Poética

Sophia de Mello Breyner Andresen – Obra Poética

Eugénio de Andrade – Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa

Eugénio de Andrade – Os Afluentes do Silêncio

Florbela Espanca - Sonetos

Fernando Pessoa, Camões, Edgar Alan Poe … tudo o que me vem à mão, que os devorarei como traça. :))

É o que se me oferece dizer de momento, dada a hora tardia e o facto de amanhã ter de me levantar bem cedo para uma viagem da qual regressarei lá para o fim-de-semana. :)

Talvez acabe por discordar, mas valerá o que vale, ou seja, quase nada. :)

Abraço e uma noite tranquila.

Anónimo disse...

beijo.


i N T E N C I O N A L.


______________


Y.


:)))))

TRIONFO AL GRAND disse...

Boa Tarde Teresamaremar! Respondi ao seu desafio no meu "espaço" do Trionfo... Espero que não tenha feito de todo asneira? Achei que era para responder lá!?=)
...Volto mais tarde com mais tempo!=)*

Bandida disse...

preciso de pensar... volto assim que me lembrar de todos...


ai o tempo...


:))))


beijo teresamar

B.

teresamaremar disse...

:)))

beijo Bandida

Bandida disse...

ainda não esqueci... :)))


beijo teresamar


B.

Anónimo disse...

Virginia Woolf - toda a obra em geral, The Waves em particular

Maria Velho da Costa - toda a obra em geral, Casas Pardas em particular

Marguerite Yourcenar - toda a obra em geral, Hadrien em particular

Maria Gabriela Llansol

Agustina Bessa-Luís

Eça de Queiroz que me formou a adolescência de um modo mordaz

António Ramos Rosa

Eugénio de Andrade

Pascal Quignard

Julia Kristeva

Julian Barnes

Fernando Pessoa

Goethe

Reine Maria Rilke

Bom, fico-me por aqui mas há muitos mais. Há escritores de quem gostei um dia e dequei já não gosto, outros pelos quais nutro um amor especial ou desapegado ou cheio de paixão ou sem ela. Tudo é desigual, os livros chegam-me no decorrer da vida, afastam-se, a proximam-se. São como os amigos. São amigos.
Aqui falo de GRANDES escritores, conhecidos, mas há também os que o são menos e cuja obra me interessa profundamente.

ANA HADERER disse...

Sim, Teresamaremar, a "anónima" sou eu que nem sempre me dou com estas coisas do blog e não dei que tinha enviado o post sem o meu nome.

E que andamos nós todos a ler ou a reler? Não haverá por aí gente que queira partilhar as leituras e opiniões?

teresamaremar disse...

Olá Ana
:) pareceu-me que seria a sua lista sim.

Obrigada por ela.

Neste momento ando a reler Casa Grande de Romarigães (despertou-me a vontade de lhe pegar de novo, após tanto se ter falado esta semana em Aquilino), a terminar Piano Singular de Olga Prats e, porque sempre com um policial em mãos [para adormecer :)], Os Segredos de Rutland Place de Anne Perry.

Beijo para si e rápido restabelecimento

ANA HADERER disse...

Boa-noite,

Mais um pequeno comentário que ando há dias para deixar aqui. Muito obrigada pela sua referência à Enid Blyton que, com as suas aventuras dos Cinco e dos Sete, foi uma das minhas primeiras escritoras conhecidas. Esses livrinhos, de que possuía a colecção inteira, passaram depois para as mãos de outras crianças da família. Foram livros que li e reli até à exaustão, deixando a minha mãe perplexa por me ver tão absorta neles. Quem sabe onde estarão esses livros agora? O que não tem importância nenhuma porque é bom de poder imaginar que eles ainda vivem nas memórias de alguns de nós...